sexta-feira, 17 de junho de 2011

A “conversão” de Ravitch, já prenunciada na sua obra sobre o policiamento da linguagem na escola (2003), indica que podemos rever procedimentos avaliativos sem sair de um extremo a outro. Não se duvida que é preciso avaliar a aprendizagem, pela razão comum de que todo processo importante para a vida das pessoas carece de monitoramento cuidadoso. Exemplo palmar é saúde: se não fizer exames frequentes, podemos ser surpreendidos e será tarde demais. Duvida-se, porém, que avaliação se reduza apenas a estereótipos instrucionistas e disciplinares, em geral caudatários de ideologias neoliberais. O furor avaliativo já cansou nos países avançados. Muitos deles optaram por estratégias bem mais assentadas, em parte reduzindo/desfazendo a pressão externa excessiva, em parte procurando ambientes mais visíveis de aprendizagem interativa, na qual os alunos sejam sujeitos plenos do processo. Sobretudo, busca-se entender avaliação como apoio, oportunidade, oferta, não como degola. Experiências americanas drásticas, em geral capitaneadas por gente estranha ao ninho educacional, quase sempre não tiveram resultado esperado, ainda que os escores possam ter melhorado cá e lá. Em especial, o desapreço à escola pública não faz sentido, porque é opção única para grandes maiorias. Alternativas à escola pública sempre favorecem a estratos mais bem aquinhoados da população, como foi o caso da “charter school”. Bons resultados, em geral, se devem a fatores vinculados ao privilégio de classe, não à pedagogia.
É vã a busca por fórmulas mágicas. Por exemplo, é tolo postular que gestão resolve tudo, principalmente quando gestores são estranhos no ninho. É tolo também supor que professores tenham em suas mãos a chave de tudo, porque o processo escolar é complexíssimo. No entanto, aprendizagem discente de qualidade não se faz sem a participação ativa e bem fundada dos professores. Não são “culpados”; são estratégicos. Tomando-se em conta que nossos professores são, ao mesmo tempo, muito mal formados e muito mal pagos, temos neles um ponto inelutável de partida. Não se retira daí ilação mecânica, pois professores bem pagos podem também desempenhar-se mal. Mas faz parte da dignidade da escola que seus professores mereçam devido apreço. Tratar mal os professores não pode dar certo.


sábado, 9 de abril de 2011

Por que eles só parecem entender ao comando da cara feia, da falta de sorriso, da distância?

domingo, 27 de março de 2011

Educar

Impossível imaginar uma educação feita somente de regras ditadas pela sociedade para que uma criança se desenvolva e exerça plenamente sua cidadania sem colocarmos a palavra AMOR como norteadora de nossas ações.
Este blog tem como finalidade discutir , expor, situações que hoje deparamos em nosso dia a dia e que muitas vezes nos leva a parar e a  refletir aonde foram as famílias, os limites, as obrigações e os deveres de cada ser em formação dentro desta sociedade consumista e massacrante.
Trocar experiências , buscar soluções, abrir espaço para este tema polêmico se faz necessário para que nós enquanto educadoras possamos cada vez mais enxergar o outro como pessoa capaz de transformar a sí mesmo
e a  história da educação.